Contexto inédito de aumento dos casos da doença provoca alerta
Até o fechamento da primeira quinzena do mês de maio, Passo Fundo contabilizou cerca de 550 casos confirmados de dengue, segundo o painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde, além de um óbito confirmado em decorrência da doença. O contexto é considerado inédito para o município. Além dos sintomas clássicos como dor de cabeça, dores no corpo, sensação de cansaço e febre, a dengue também pode causar alterações no hemograma dos pacientes.
O médico hematologista e hemoterapeuta, Dr. William Scheffer Chaves, explica alguns impactos da doença em relação ao exame de sangue. “Basicamente, em pacientes com dengue, podemos observar uma redução significativa nos leucócitos (glóbulos brancos) e nas plaquetas, responsáveis pela coagulação sanguínea. Dependendo da redução, pode representar gravidade ao paciente”, ressalta.
Chaves reforça que a prevenção contra o mosquito transmissor da doença ainda é a forma mais eficaz de evitar a dengue. “Ela é transmitida pelo mosquito aedes aegypti, que se reproduz em ambientes com água parada, por isso, temos que sempre redobrar os cuidados para eliminar toda e qualquer possibilidade do mosquito se reproduzir. Lembrando também que a automedicação não é recomendada, devendo o paciente com suspeita procurar atendimento médico imediatamente”, alerta o hematologista.
Tive dengue: devo procurar um hematologista?
Pacientes que contraíram dengue e que detectaram alterações no hemograma, como redução de glóbulos brancos e de plaquetas, devem realizar um acompanhamento para monitorar a normalização dos componentes sanguíneos. “É muito importante, nesses casos, que o acompanhamento seja feito sempre junto ao hematologista, que é o especialista responsável por diagnosticar e tratar doenças do sangue”, pontua Chaves.
Foto: Divulgação/Fiocruz