Movimento crescente no número de casos da doença e mortes no RS provoca alerta
De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, dos 497 municípios gaúchos, 466 registram infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Até o fim de fevereiro, já foram 8 mortes confirmadas pela doença. Em Passo Fundo, são 47 casos confirmados de dengue e outros 165 em investigação no mesmo período.
Além dos sintomas clássicos como dor de cabeça, dores no corpo, sensação de cansaço e febre, a dengue também pode causar alterações no hemograma dos pacientes. O médico hematologista e hemoterapeuta, Dr. William Scheffer Chaves, explica alguns impactos da doença em relação ao exame de sangue. “Basicamente, em pacientes com dengue, podemos observar uma redução significativa nos leucócitos (glóbulos brancos) e nas plaquetas, responsáveis pela coagulação sanguínea. Dependendo da redução, pode representar gravidade ao paciente”, ressalta.
Chaves reforça que a prevenção contra o mosquito transmissor da doença ainda é a forma mais eficaz de evitar a dengue. “Ela é transmitida pelo mosquito aedes aegypti, que se reproduz em ambientes com água parada, por isso, temos que sempre redobrar os cuidados para eliminar toda e qualquer possibilidade do mosquito se reproduzir. Lembrando também que a automedicação não é recomendada, devendo o paciente com suspeita procurar atendimento médico imediatamente”, alerta o hematologista.
Tive dengue: devo procurar um hematologista?
Pacientes que contraíram dengue e que detectaram alterações no hemograma, como redução de glóbulos brancos e de plaquetas, devem realizar um acompanhamento para monitorar a normalização dos componentes sanguíneos. “É muito importante, nesses casos, que o acompanhamento seja feito sempre junto ao hematologista, que é o especialista responsável por diagnosticar e tratar doenças do sangue”, pontua Chaves.
Foto: Divulgação/Agência Brasil